quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Você pode não acreditar nele também. Mas ele existe. E é Argentino. E traz a paz!


Acredite. É verdade!

Não sei se você acredita em Jesus Cristo. Mesmo porque isso não importa. Não ao menos para você, pois não? Talvez você nem acredite que a figura existiu. Mas convenhamos, se ele não existiu o escritor que o criou deveria ganhar um Nóbel de literatura. Afinal a obra é fantástica e faz sucesso a mais de dois mil anos (ou quase isso). A obra é de uma sutileza sem igual. Mas vamos a uma pequena análise desse personagem.




Jesus nasceu lá no meio de uma terra que estava sobre jugo de outro país. Roma. A toda poderosa e temida Roma. Nasceu no meio de um povo que ao mesmo tempo odiava essa semi-escravidão e onde haviam aqueles que dela se aproveitavam. Sempre foi assim. Sempre será. Ninguém sabe muito bem como ele cresceu. Os Autores dos livros que contam a mesma história sob pontos de vista diferentes não estavam muito interessados em contar sobre sua infância e adolescência. Um ou outro episódio apenas. Se resumem a tratar de um curto espaço de tempo entre seu aparecimento público e sua trágica morte.

Esse jovem trazia uma mensagem baseada em apenas uma palavra: Amor. Se dizia filho de Deus. Direto. Sem intermediários segundo os relatos dos autores. Apenas gerado como homem no ventre de uma mulher. Mas seu pai era um dos membros de um Deus trindade e que por um mistério estranho eram e ainda são um só. Nascido sob leis judias ele as respeitava. Mas trazia uma nova mensagem.


Nos livros judeus, Deus era vingativo e por vezes atacava a criatura. O relacionamento entre esse criador e sua criatura era complicado. A criatura vivia desobedecendo e Deus punia. Afogou a Terra e todos seus homens deixando apenas uma família.  Transformou aliados em estátuas de sal. Destruiu cidades com bolas de fogo. Certa vez Deus dispara uma praga que mata os filhos primogênitos de centenas de famílias, envia pragas para libertar seu povo. Um exército que ia perseguindo os Judeus é afogado pelo Mar Vermelho.  Soldados, generais, cavalos e cavaleiros. Todos mortos. Tudo isso parece estranho. Afinal o poder estava com o Deus e ele, segundo os livros, já havia demonstrado esse poder de diversas formas. Porque apenas não manteve a coluna que separava os Judeus dos soldados?



Mas Jesus vem com esse discurso de que Deus é amor. Se Deus é amor ele não seria vingativo. Não mataria inocentes apenas para livrar seu povo eleito. Aliás qual o motivo de Deus “eleger” um povo?   Sigamos.

Esse jovem traz um discurso onde diz “amai os vossos inimigos”, “perdoai os que vos odeiam”, etc. Parece até meio óbvio que as cabeças beligerantes iriam tramar sua morte. Jesus não criou ritos ou símbolos. Não se disse dessa ou daquela religião específica. Nasceu judeu e foi judeu até a morte. Mas esteve lá no meio dos mestres e sábios para ensinar. Este é o relato dos escritores. Veio trazer a verdade que é o amor. E ele mesmo se dizia "A" verdade. Mais uma vez sua morte se faz necessária. É óbvio. Como suportar um reformista desses? Jamais!

Esse jovem ensinou que o amor se basta. E ensinou que devemos amar a Deus, seu pai. Não com aquela atitude de bater no peito e cingir a cintura. Seu ensinamento foi simples. Amar a Deus na figura do próximo. Na figura do inimigo. Mas que ousadia! Que subversivo! Dizer que Deus está a seu lado? Naquele chato? Naquele cara sacana que só quer seu mal? Ah não! Vamos crucificá-lo! Para esses inimigos eu prefiro o Deus que me vinga. Certamente esse era o pensamento dos poderosos.







Pois bem. Pois bem. Hoje temos um pouco mais do mesmo. Um senhor simpático e sorridente chamado Bergóglio que adotou o nome de Francisco, quem poderia imaginar? Um argentino de ascendência italiana. Ele está fazendo o mesmo. Dizendo as mesmas palavras. Os escritores dizem que Jesus deixou as chaves na mão de Pedro. A tradição relata que Pedro passou para Lino. Lino entregou para Anacleto. Até que um dia Bento entregou para Francisco. E esse homenzinho simples pegou a chave e resolveu abrir as portas dessa Igreja. Para quem? Para todos! Os amigos, os inimigos, os fracos, as mulheres, os homossexuais, os que não tem religião, os ateus, os necessitados. Enfim todos.

Você pode não acreditar nele também. Mas ele existe. E é Argentino. E traz a paz!

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