quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A César o que é de César!

Não acredito que Deus nos dê coisas. Deus não é injusto, logo ele não daria privilégio a uns em detrimento de outros. Ao meu ver Deus nos dá capacidades, dons. Esses dons e capacidades nos permitem trabalhar para obter coisas. Não me conformo com essas igrejas que pregam a teologia da prosperidade. Deus também nos dá algumas coisas que por vezes fingimos não saber, mas lá no fundo de nossa alma fala: a obrigação de compartilhar nossos dons e nossas riquezas. Compartilhar o dom é educar! Aprendemos pelo estudo pois os dons que recebemos nos permitem. Assim melhoramos de vida ao usar corretamente, honestamente, nossos dons. Passamos a dever um obrigado a Deus. Pois bem. Alguns dizem um muito obrigado a Deus. Fazem lá suas orações de agradecimento. Necessárias sem dúvida, mas é apenas uma parte de uma obrigação. Então devemos educar. Multiplicar nossos dons como na parábola dos talentos. Para isso precisamos agir de duas formas:

1) Ensinar como fazer;
2) dar condições para que seja feito.

Dar condições significa ajudar materialmente. Os humanos tem necessidades para viver e sobreviver. Ensinar educando. De preferência pelo exemplo aliado a questões técnicas.

Pedir para Deus que os dons sejam multiplicados tem valor. Muito valor. Pedir para Deus que dê coisas, quer seja pra mim, quer seja para os outros eu não acredito que dê resultados. Os dons são saúde, paz interior (por que a exterior é obrigação dos homens), paciência, sabedoria, mansidão, etc. Lembrem-se dos dons do Espírito Santo. Dessa forma nos tornamos capazes de mudar o mundo, usando bem esses dons, ou destruí-lo, usando-os de forma inadequada. Esse é o livre arbítrio. Escolhemos nossos caminhos. O arrependimento acontece quando observamos que trilhamos por um tempo o caminho errado, usamos de forma errada nossos dons. Por isso o perdão é incompreendido. Pensamos: "fiz o mal e pedi perdão, por que eu ainda me sinto assim tão mal?". Porque é preciso voltar por uma trilha onde já passamos. Isso significa ver tudo de novo, e sofrer por isso.

De fato esse meu pensamento independe de sus religião. Essas interpretações "materiais" da Bíblia levam a essas teorias de prosperidade. Acho que Jesus fez questão de separar essas duas coisas, materiais e espirituais, de forma bem clara. Dar a César o que é de César, o material, o dinheiro, as coisas, e a Deus o que é de Deus, os dons do Espírito.

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